data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Uma carreata reivindicando o retorno do funcionamento do comércio marcou o primeiro dia útil com a classificação de Santa Maria como bandeira preta dentro do modelo de Distanciamento Controlado. Por volta das 10h, empresários se reuniram em frente à Gare da Estação Férrea e seguiram rumo à prefeitura, na Rua Venâncio Aires. Mais de 40 veículos participaram do ato.
Ao longo do trajeto, em um carro de som, os manifestantes pediam, além da volta das atividades comerciais consideradas não essenciais, a compra direta de vacinas contra a Covid-19 pela prefeitura.
- Somente queremos a liberdade para trabalhar. Nós preocupamos com todos, mas só queremos trabalhar. A fome mata, o desemprego mata. Existem pessoas que não têm comida na mesa. Essa é a nossa luta, para trabalhar com tudo certinho - afirma o empresário Beto Rossi, que organizou a carreata pelas redes sociais.
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O presidente do Sindilojas, Ademir José da Costa, estava presente no evento. No entanto, ele ressalta que participou como cidadão e não como dirigente da entidade que representa parte do setor empresarial na cidade.
- Queremos chamar a atenção do governador de que nós não somos os culpados. Por que temos que ser sempre as vítimas, sendo que nas eleições não se preocuparam com as aglomerações? No período do Carnaval o servidor público estava em ponto facultativo, enquanto o comércio estava trabalhando e mantendo seus funcionários protegidos - relata.
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Em razão da manifestação, agentes da Departamento Municipal de Trânsito precisaram interromper o fluxo de veículos na Rua Venâncio Aires, entre as ruas André Marques e Benjamin Constant.
A prefeitura afirma, por meio de nota, que "entende que toda manifestação, dentro do Estado Democrático de Direito, é justa, e garante que tem trabalhado junto ao governo do Rio Grande do Sul para que as regras vigentes sobre o comércio possam voltar a contemplar todos os anseios da classe empresarial, desde que a situação epidemiológica e sanitária do território gaúcho permita".
Sobre o pedido dos empresários para uma compra direta de vacinas pelo Executivo, a prefeitura afirma que recebeu garantia dos governos federal e estadual de que as remessas das vacinas contra a Covid-19 serão entregues. Além disso ressalta que, até o momento, nenhum Estado ou município comprou imunizantes pro conta própria.